Em meio a uma crise ambiental sem precedentes, estamos vivendo ao mesmo tempo, um amadurecimento da consciência ecológica em nossa sociedade. Este amadurecimento social sobre os problemas ambientais adquire muita força nas escolas, onde são cada vez mais numerosos os trabalhos sobre ecologia.
São discussões em sala de aula, palestras, trabalhos de pesquisas, cartazes, desenhos, gincanas. Há inúmeros exemplos, só que estas atividades ainda são pouco conhecidas e valorizadas, ocorrem de forma isolada, muitas vezes até dentro da própria escola poucas pessoas as conhece.
Estas formas de trabalhar com o meio ambiente sofrem as limitações de algo que fica restrito a uma disciplina e a um semestre letivo.
A proliferação de experiências com o meio ambiente traz um aprofundamento das questões que exige novos níveis e novos espaços de atuação. O horizonte fica mais aberto. Alunos fazem entrevistas com empresários poluidores, realizam mutirões de limpeza de um arroio ou de plantio de árvores, mandam cartas para empresas que poluem o ar causando mau cheiro ou que poluem os rios.
Deste modo ficam superados os limites anteriores. Transmitir conhecimentos sobre o meio ambiente, hoje, não pode mais ficar ao nível da informação abstrata, depositada na memória do aluno, nem desvinculada da realidade que ele vive e das suas necessidades reais.
É chegado o momento de discutir e usar o conhecimento-ação a sensibiliza-ação e a conscientização. Estes três elementos deverão nortear a escola dos problemas ambientais vivenciados pela comunidade, desenvolvendo ações que envolvam alem dos alunos e professores também os pais.
Embora a transmissão de conhecimentos sobre o meio ambiente ao nível da informação tenha sua importância, os espaços mais recentes que se abrem hoje são para o conhecimento aplicado à transformação da realidade para melhor.
É de fundamental importância que professores envolvam-se num trabalho prático, que não fique restrito à sala de aula e ao período letivo.
A questão ambiental na prática educacional permite ir além de uma estrutura de ensino em que os conhecimentos são estanques, sem continuidade, e sem vivência. Este tipo de prática pedagógica é empobrecedor não só para o aluno, mas também para o professor tanto humana como profissionalmente.
A defesa da natureza pode provocar uma revalorização criativa do trabalho nas escolas e das próprias pessoas envolvidas.
A PEDAGOGIA AMBIENTAL E AS AÇÕES PRÁTICAS
A pedagogia ambiental será crítica, sensibilizadora e conscietizadora, porque questiona a realidade tal como ela se apresenta no atual estágio, e retransmite este questionamento para os vários segmentos sociais.
Será participativa, porque voltada para a ação em dinâmica de grupos é capaz de ouvir a comunidade a que pertence.
Será adaptável e criativa porque surge sempre de acordo com cada localidade, cada disciplina, conforme as potencialidades individuais e coletivas.
A pedagogia ambiental é vital porque estuda , respeita , defende e fortalece os processos vitais ao nível dos reinos vegetais, animal e humano.
Os objetivos da pedagogia ambiental são: conhecer, sensibilizar, conscientizar, analisar, criticar e desafiar para uma ação correta. Esta ação será; preventiva e corretiva.
AÇÕES CONCRETAS
* Pesquisar junto à comunidade quais os principais problemas ambientais local, e levar até ela os conhecimentos já acumulados;
* Elaborar estratégias de enfrentamento as coisas erradas com o estímulo às práticas sociais ambientalmente sadias, ambos os enfoques são necessários;
* Questionar os hábitos alimentares em especial das crianças e adolescentes, que comem balas e doces com conservantes, flavorizantes, corantes e outras substâncias tóxicas, é relevante apontar alternativas;
* Reivindicar a criação de disciplina de educação ambiental nos cursos de magistérios.
* Incentivar a promoção de cursos, seminários, palestras sobre o meio ambiente para a comunidade em geral;
*incentivar a criação e ou participação em grupos de preservação ambiental.